rasgou a noite
e se infiltrou neste quarto.
As flores murcharam
minha pele trincou
sobrou apenas o calor das lágrimas
que rolam até secar.
A noite secou
escureceu minha alma
tornou-se infinda
findou a alegria do olhar
apagou o frescor dos lábios
abriu a ferida do dia.
O dia desceu
leve, sorrateiro, entrou
permaneceu quieto a um canto
escutou as batidas do meu peito.
O sol brilhou sem gosto, fosco
a luz que entrou era esbranquiçada
e apagou o charme da noite,
que se despediu alvoroçada.
Os pássaros cantavam em doces promessas
senti o cheiro da terra
as primeiras gotas de chuva chegaram
lânguidas, e as flores sorriram levemente
volto a sentir a pelo do rosto.
Valdira S. Rosa
Um comentário:
Tudo bem, tudo bem, sem pressão, eu sei...
Mas todo passo aqui, bato em sua porta e, faz tempo que não oferece um "pratinho" que seja.
Preciso me alimentar...
Abraço faminto por novos textos.
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