As paredes oprimem, gemem
no escuro de noites e mais noites, gritam.
no escuro de noites e mais noites, gritam.
O céu lá fora brilha, exuberante,
meu céu lacrimeja, sente, dói.
meu céu lacrimeja, sente, dói.
Os olhos em nuvens lágrimas a cada perda,
a cada dia
a cada dia
Os dias se somam, amontoados a um canto,
esperando a vida passar
esperando a vida passar
Cada dia um sol a mais,
uma lua a menos,
perdidos, descalços pelas ruas desertas.
uma lua a menos,
perdidos, descalços pelas ruas desertas.
A vista é envidraçada, entrelaçada,
em treliças de olhares curiosos,
do alto de prédios, do alto de morros,
escondida.
em treliças de olhares curiosos,
do alto de prédios, do alto de morros,
escondida.
Os pés transitam no vai e vem curto e lúgubre,
estão tontos do reduzido espaço.
estão tontos do reduzido espaço.
Café, preciso de um café.
Um grito ecoa na vizinhança,
nada a temer,
apenas a vida que parou,
estancou, emudeceu.
nada a temer,
apenas a vida que parou,
estancou, emudeceu.
E eu aqui.
A música que toca vai iludindo o tempo,
embalando o corpo,
entorpecendo a dor.
embalando o corpo,
entorpecendo a dor.
Vinho, preciso de um “vinho tinto de sangue”
04/05/2020
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