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quinta-feira, 30 de agosto de 2007



Olhando assim, é uma bela madeira, só. Mas já foi uma árvore, e não uma árvore qualquer, uma árvore da floresta amazônica. Assim, desta forma, centenas de outras ex-árvores estão partindo, em seu lugar apenas o vazio, o nada, o poder, o gado, o dinheiro... São inúmeros "jericos" (como chamam aqueles caminhões velhos que só prestam para transportar madeira roubada) trabalhando a noite inteira, vendendo à noite o que durante o dia a madeireira transforma em "riqueza". São diversas famílias pobres que vivem na clandestinidade, que dependem desse comércio, que se sujeitam a vender nossa floresta para conseguir sustentar a família. Alguns afirmam que não têm mais nada a perder... Isto me faz lembrar de um texto... "os cavalinhos correndo e nós cavalões comendo", neste caso os cavalões lucrando, que ostentam seus carros do ano, suas mansões e suas eleições.
Enquanto isso, sonhamos em garantir um mundo melhor para nossos filhos, netos, ou seja, para a geração futura. Mas infelizmente, é um trabalho ainda muito pequeno diante do avanço da destruição. Gasta-se milhões em falácias, congressos, encontros, conferências... e mais é gastado para garantir o lucro fácil e permitir que tudo continue como está.
Parece uma visão pessimista, mas não é, ela é real, é do dia-a-dia, é a visão dos sonhos se desmanchando...

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